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Chás abortivos

 “me trás mais um chá de canela
que a próxima vai ser a Gabriela”

   A decisão de ter um bebê é considerado o máximo de demonstração de amor em um relacionamento entre homem e mulher, porém centenas de pessoas diariamente descobrem uma gravidez indesejada. Segundo dados de uma pesquisa realizada pelo grupo Trocando Fraldas, mais da metade das entrevistadas (56%) engravidou pelo menos uma vez de forma não planejada. No Paraná, o número de gravidez indesejadas é de 54%. E quando o bebê não é esperado, as mulheres utilizam de remédios ou vão em clinicas clandestinas afim de abortar, pois a possibilidade do procedimento não dar certo é pouca. Enquanto isso muitas mulheres não tem o dinheiro necessário para tais procedimentos, então escolhem um modo mais fácil, barato e comum: chás.

  Nem sempre comprar o remédio abortivo é algo fácil e simples. Por isso, algumas mulheres recorrem a tratamentos alternativos, incluindo o consumo de chás com ervas medicinais.  Chás abortivos são ervas que incentivam o período menstrual para começar. Eles geralmente funcionam melhor se o seu período está atrasado não devido a uma gravidez, mas algumas pessoas consomem para impedir ou cessar a gestação. 

   A maior parte dos chás eleva o nível de toxinas na corrente sanguíneas das mulheres em um nível tão alto que o bebê não consegue se desenvolver adequadamente. Além disso, podem até levar a morte da gestante. As ervas podem ser muito prejudiciais para o corpo, causando náuseas, diarreia e calafrios.

    Uma pesquisa rápida no Google é suficiente para encontrar os mais variados chás. Mulheres contam que para realizar o aborto, às vezes é necessário ingerir dois, três e até quatro litros da substância. Mesmo o chá tendo diversas finalidades positivas, tomado em excesso pode fazer mal. Por isso listamos as bebidas mais utilizadas por gestantes para abortar, e as consequências que isso tem no corpo da mulher.

  Um dos mais comuns é o chá de boldo chileno, que é livremente comercializado em farmácias e/ou mercados. Nas prateleiras, o composto de ervas é indicado para tratar distúrbios no sistema digestivo. Entretanto, além de causar aborto, se tomado em excesso pode gerar hemorroidas internas, e irritação gástrica.

   Já o chá de poejo que é uma planta comumente encontrada em hortas e jardins em nosso país. É famoso, principalmente, devido às suas propriedades medicinais, conhecido popularmente há vários séculos em todo o Mediterrâneo e Ásia Ocidental. Quando tomado em doses letais provoca irritação do seu útero e, assim, produz contrações. Esse é um dos chás mais fortes e já houve registro de morte por envenenamento. Muitos destes casos são de mulheres que tomaram chá de Poejo para um aborto e morreram de falência múltiplas de órgãos. Os sintomas desse chá incluem tontura, cólicas abdominais, convulsões, desmaios, náuseas, fraqueza, alucinações, dormência nas mãos e pernas, e diarreia. É este estado de overdose que produz as cólicas uterinas que provocam o aborto.

   Chá de Tanisia é outro nome muito conhecido. Esta erva provoca irritação no útero e, assim, produz contrações. Alguns dos seus riscos mais comuns são batimento cardíaco irregular, insuficiência renal ou danos aos rins, problemas no fígado, coma e morte.

   O chá de canela por sua vez pode provocar contrações musculares no útero e constrição sanguínea. Recentes estudos realizados na Europa indicaram que a canela que provém da planta da casia contém um composto tóxico conhecido como cumarina. Em altas concentrações a cumarina pode causar danos ao fígado e rins. 

   Além dos riscos que a mulher tem sobre o corpo dela, os abortos com chás costumam não funcionar, fazendo com que o feto se transforme em um criança com má formação.

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